Viagem inesquecível ao passado. Igrejas, bancos de igreja e suas conspirações. Cenários de inconfidência e traições. Ruas de pedra e minas de ouro. Minas efervescente! Minas da poesia, da fonte dos amores. De Marília e Dirceu. E dos santos das igrejas que certamente criam vida todas as noites com seus cabelos de gente e promessas de amor.
Minas contraditória. De Tiradentes e Silvério dos Reis. Minas reacionária. Das famílias e da tradição. E Ouro Preto, tão linda e anárquica. Das repúblicas de curtição. O sobe e desce das ruas, seus porões e histórias de estudantes nuas...
Dos restaurantes finos que servem arroz, feijão e torresmo. Da cachaça doce. E do pão de queijo, antes, durante e no final. Culinária “i” mortal! Minas da liberdade ou, talvez, não.
Quem sabe, seja ela, mais um adulto que balança, esperando o menino lhe dar a mão. E na janela lateral do meu quarto de dormir, o sino da Igreja tocava todas as tardes... A antiga Vila Rica batia forte no meu coração!
No corredor do Hotel, repleto de fantasmas no porão, Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa, perambulavam fazendo poesias, ao som de Milton e seus tons...
E se foi assim, assim será. Minas, vou voltar!
A canção sabemos de cor, só nos resta sonhar...